terça-feira, 7 de abril de 2015

Escola X Religião

Escolas públicas, como já diz o nome, pertencem ao público, portanto, engloba alunos de diversas etnias, religiões, orientações sexuais... e TODOS devem ser respeitados e tratados com igualdade.

Quando se privilegia apenas uma forma de pensar ou ser imediatamente se EXCLUI e INFERIORIZA quem é diferente!

E existe Lei para provar que todos devem ser tratados com dignidade e respeito.

Não respeitar essa diversidade é CRIME!


Alunos do 2º ano realizam trabalho sobre "Noite na Taverna"

     A turma do 2º ano A, matutino, da E.E.M.J.P. dos Reis Veloso apresentou um seminário na disciplina de Literatura, ministrada pela professora Ana Claudia Brida, sobre a obra Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo.
     Num primeiro momento, os alunos assistiram a uma palestra, ministrada pelo acadêmico da UEMS e estagiário do PIBID, Thiago Aguiar Rossi, ensinando-os como elaborar um bom seminário. 
     A segunda parte consistia na leitura da obra literária que narra a história de um grupo de jovens que se reúne num bar obscuro e relatam suas histórias românticas e de terror entre eles. Cada capítulo da obra é atribuído a um dos personagens para que este conte o que lhe aconteceu.
    Após esse processo foi feita a divisão dos grupos em cinco equipes e cada uma ficou responsável por elaborar um cartaz e contar para a turma as histórias do livro.
     Todos os grupos apresentaram satisfatoriamente o seminário e provaram que gostaram bastante da obra, mesmo porque esta foi escrita pelo autor bastante jovem e tratando de assuntos típicos que os adolescentes apreciam e acompanham nos filmes e seriados pela televisão e Internet.
    Os colegas interagiam participando e questionando os demais, em alguns momentos, até mesmo com bastante diversão.
      Foi uma aula muito interativa e que, provavelmente, trará bons resultados na avaliação bimestral.

Aluna surda apresenta seminário de Língua Portuguesa para seus colegas

     

      Um dos assuntos mais debatidos na Educação é sobre o processo de inclusão de alunos com necessidades especiais. Em tese, há discursos belíssimos incentivando essa prática, mas na realidade, poucos realmente conseguem progredir nos estudos, principalmente na rede pública. 
     O caso mais preocupante são os dos alunos com deficiência auditiva. Embora contem com a presença de um professor intérprete em sala de aula, sofrem com uma série de fatores que vão desde o despreparo de alguns professores que não entendem o quanto a Libras (a linguagem de sinais que utilizam para se expressar) é diferente da Língua Portuguesa e não adaptam as suas provas, não mantém um diálogo constante com o intérprete buscando meios para auxiliar na aprendizagem deste aluno, talvez por não terem tido acesso a essa linguagem na universidade ou outros motivos escusos. 
Ainda há os problemas que os próprios surdos enfrentam quanto a aceitar a sua condição e até mesmo de algumas famílias que se recusam a permitir que os filhos tenham acesso a essa linguagem.
     Outro problema é que as universidades não se abrem para o ingresso deste tipo de aluno no ensino superior. As provas não são adaptadas. A redação do surdo é absolutamente diferenciada da do ouvinte e que tem a Língua Portuguesa como língua materna, não podendo ser corrigida por um professor da área de Letras apenas, mas sim com o auxílio de um intérprete.
     A E.E.M.J.P. dos Reis Veloso é uma escola que trabalha com o processo de inclusão, possui intérpretes competentes que estão sempre buscando se aperfeiçoar para auxiliar os alunos que acompanham, mas vale lembrar que o intérprete é um intermediário entre o surdo e o professor, o intérprete não pode realizar provas, nem fazer qualquer atividade pelo surdo, ao contrário, ele deve estimular o surdo a desenvolver suas aptidões.
     A professora Ana Claudia Brida, que ministra aulas de Língua Portuguesa e Literatura, trabalha com alunos com esse tipo de especialidade desde o ano de 2007. Agora em 2015, com o auxílio da intérprete Elisângela Nardez, tem realizado um trabalho conjunto com a aluna Gabrielly Benites de Aquino. A aluna tem sido um exemplo de superação e dedicação. Os conteúdos e a avaliação de Língua Portuguesa estão sendo adaptados para as necessidades dela e a aluna conseguiu, inclusive, apresentar para toda a sala em que estuda um seminário sobre um tópico complexo nesta disciplina, o Complemento Nominal (um dos termos integrantes da oração), que em Libras não teria como explicar, mas a mesma tem se empenhado e conseguiu apresentar com excelência.
     A aluna Gabrielly apresentou seus colegas de grupo para a classe, apresentou a definição de substantivo, artigo (que não existe em sua linguagem), adjetivo, advérbio e verbo e conseguiu fazer o processo de análise sintático-morfológica de várias frases. Para um aluno ouvinte isso é algo bastante simples, mas para ela dar esse passo foi preciso muito estudo, esforço e uma grande vontade de aprender.
     Enquanto ela executava a Libras, a intérprete traduzia para a sala sem interferir se ela estivesse falando certo ou errado. Mas não foi preciso corrigi-la, pois a mesma se saiu muito bem. A aluna está melhorando suas habilidades com isso de interpretação de textos e também fazendo com que toda a sala participe e a auxilie, tornando sua turma uma das mais participativas do colégio. Tudo isso mostra que quando todos se unem: família, professores, intérpretes e os alunos, os resultados obtidos serão sempre satisfatórios e aí sim acontece a verdadeira inclusão, possibilitando ao aluno com necessidades especiais que ele possa se expressar e captar o mundo.

Acadêmico do PIBID da UEMS realiza palestra sobre como apresentar seminários




          Uma das melhores formas de trabalhar com os alunos é por meio de seminários.  Num seminário, o aluno pode aprender a interagir com o grupo; ser direcionado para o processo de pesquisa, proposto pelo estudioso Pedro Demo que, inclusive, acredita ser este o melhor método de aprendizagem, já que estimula o espírito investigador no aprendiz e o faz procurar um método mais simplificado e de fácil assimilação para transmitir o conteúdo aos seus colegas; auxilia na procura por recursos tecnológicos que tornem ainda mais atrativo o trabalho a ser apresentado; possibilita que o aluno perca o receio de falar em público e o prepara para o conteúdo a ser cumprido conforme o que é exigido nos Referenciais Curriculares. 
          Diante de tudo isso, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Literatura, ministradas pela professora Ana Claudia Brida, na E.E.M.J.P. dos Reis Veloso, é um costume frequente esse tipo de trabalho. Pensando em preparar os alunos ainda mais, para a apresentação de trabalhos com qualidade,  a professora orientou o acadêmico do PIBID de Letras da UEMS, Thiago Aguiar Rossi, a elaborar uma palestra dinâmica e interativa sobre o processo de elaboração de seminários. 
          O acadêmico elaborou a palestra e apresentou para os segundos e terceiros anos do período matutino e noturno, na primeira semana do mês de março. Na forma de dez dicas para elaborar e apresentar um bom seminário,  a palestra fluiu com excelente aceitação. 
       Os alunos gostaram bastante e trouxeram vários questionamentos, podendo, com isso, aperfeiçoar suas técnicas de apresentação de trabalhos.
            Posteriormente,  a professora solicitou a realização de seminários  nas duas disciplinas e os resultados obtidos foram bastante satisfatórios,  visto que os alunos se empenharam, de fato, neste processo.
          Os resultados da palestra também influenciaram em outras disciplinas,  em que os demais professores elogiaram a desenvoltura e a organização dos alunos, bem como a qualidade do que foi proposto pelo acadêmico.  Com isso, todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem saíram ganhando.